Como é que o montado pode lutar contra as alterações climáticas?

"Uma das imagens de marca do Alentejo é o montado, muitas vezes, adornado por sombras majestosas de sobreiros ou azinheiras. Mas esta paisagem pode ser afectada pelas alterações climáticas. Afinal, o montado é um ecossistema que domina nas zonas semiáridas, onde a água disponível para as plantas já é limitada, o que torna estas áreas vulneráveis à desertificação. Portanto, Alice Nunes – do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Universidade de Lisboa – quis perceber o que estava a acontecer no montado e observou as funções desempenhadas pelas plantas. É com elas que pretende declarar guerra às alterações climáticas."

As duas faces do azoto

 

Sabia que respiramos 78% de azoto? No entanto, não o sentimos nem utilizamos. Só algumas bactérias o podem converter em formas químicas, disponíveis para as plantas, que depois transferem para os animais, sob a forma proteica. Durante milhares de anos a agricultura esteve dependente de bactérias presentes no solo. Há um século, o processo Haber-Bosch, de produção industrial de fertilizantes, foi o rastilho da chamada revolução verde que assegura, hoje em dia, a sobrevivência de metade da população humana. Apesar dos inúmeros benefícios do azoto (ou nitrogénio) para a segurança alimentar, a utilização dos fertilizantes e a queima dos combustíveis fósseis liberta formas reactivas de azoto. A resposta dos ecossistemas a este excesso de azoto é um processo complexo, mas de custo elevado, para o ambiente e saúde pública.

“Temos de abraçar o conceito de desperdício zero” – a entrevista a Charles Moore, o pai da investigação em lixo marinho

 

 

A SPECO aproveitou a deslocação de Charles Moore a Portugal para falar com o pai da investigação em lixo marinho no Pacífico. O convite foi endereçado por Paula Sobral, Presidente da Associação Portuguesa de Lixo Marinho, docente da FCT-UNL e investigadora do MARE.

Depois de encher um auditório na FCT-UNL, visitou a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que o recebeu da melhor forma: mais de uma centena de pessoas à espera de o conhecer e ouvir. Foram precisas duas sessões para que todos tivessem o prazer de conhecer a mensagem e visão do fundador do Instituto de Investigação Marinha Algalita.

A natureza será cada vez mais a riqueza dos países

"O compromisso pelo desenvolvimento sustentável é um dos maiores desafios que se coloca ao mundo e também a Portugal", por Helena Freitas, antiga Presidente da SPECO.

Cristina Máguas eleita Presidente da Federação Europeia de Ecologia

 

Cristina Máguas foi eleita, por unanimidade, para o cargo de Presidente da Federação Europeia de Ecologia (EEF). A eleição ocorreu a 30 de Outubro, em Bucareste, por ocasião da reunião do Conselho da EEF. O mandato terá início a 1 de Janeiro de 2019 e irá prolongar-se até 2022.

Investigadores de cetáceos, aves e líquenes ganham Prémio de Ecologia

Paula Matos, Luis Silva e Marc Fernandez foram os galardoados com o Prémio de Doutoramento em Ecologia 2018 – Fundação Amadeu Dias, organizado pela SPECO – Sociedade Portuguesa de Ecologia, foi revelado na semana passada.

No seu segundo ano, estes prémios pretendem “valorizar o trabalho desenvolvido por recém-doutorados ao longo do seu programa doutoral” na área da Ecologia, explicam os organizadores.

Testemunhos vegetais da deriva continental, crónica por Jorge Paiva

O Planeta Terrestre, a “gaiola” que habitamos, tem cerca de 4600 milhões de anos (Ma). É um planeta pleno de reações exo e endoenergéticas, recebendo também muita energia de estrelas do Universo
(ex.: Sol). A vida, uma forma de energia auto-replicável (ADN), surge quase 2000 Ma depois da formação do Globo Terrestre.

SIBECOL: a entrevista da Wilder a Maria Amélia Martins-Loução

"Ajudar a travar o contrabando de meixão, mapear plantas exóticas invasoras e estudar morcegos para recuperar paisagens fragmentadas são exemplos de como os ecólogos em Portugal estão a ajudar a sociedade. Para reforçar o seu papel, mais de 50 cientistas portugueses e espanhóis fundaram a 2 de Julho a Sociedade Ibérica de Ecologia (SIBECOL). Maria Amélia Martins-Loução, presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO), explicou à Wilder o por quê e o que se vai fazer.

 

WILDER: O que pode a sociedade em geral esperar da SIBECOL?

Maria Amélia Martins-Loução: a criação desta nova sociedade vai permitir impulsionar actividades conjuntas que possam melhorar a gestão da natureza sem fronteiras e mitigar o impacto negativo da exploração desregrada dos ecossistemas e recursos. Vai ainda desenvolver iniciativas de ligação directa com a administração local e regional para levar informação e apoio científicos na tomada de decisões ligadas ao Ambiente."