Histórias num admirável...Mundo invisível

A 5 de Dezembro celebra-se mundialmente o Dia do Solo. Para 2020 a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) escolheu o mote para a campanha "Keep soil alive, Protect soil biodiversity" (Manter o solo vivo, protejer a biodiversidade do solo), com o objectivo de aumentar a sensibilização para a base da vida terrestre e os seus habitantes. Mas, quem habita o solo? Quem são estes seres microscópicos que mantém os ecossistemas saudáveis e permitem a proliferação da vida na superfície?

 

capa

 

Segundo as Nações Unidas, a cada cinco segundos perde-se uma quantidade de solo equivalente a um campo de futebol. Perante este cenário, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) apresentou as Diretrizes Voluntárias para a Gestão Sustentável dos Solos. Este documento, divulgado em Dezembro de 2019, representa a síntese de um processo amplamente participativo, que envolveu múltiplos intervenientes, incluindo universidades, instituições e organizações internacionais, sociedade civil e sector privado, que contribuíram com conhecimento científico e experiência para indicar as estratégias de gestão mais adequadas à conservação dos solos. O objectivo é desenvolver ferramentas que permitam o uso sustentável dos solos de forma a poderem continuar a fornecer serviços dos ecossistemas esperados e, ao mesmo tempo minimizar a sua degradação.

Mas só se pode respeitar e conservar o que se conhece e essa é outra limitação da nossa sociedade, especialmente dos mais novos. Para muitos, o solo é terra, uma mera cobertura, castanha, que forma lama depois de uma chuva intensa. Para os agricultores a terra que se cava, arável, fértil e fertilizável é o pão que os sustenta e nos alimenta. Mas o solo é mais do que isso: é um ecossistema complexo, um mundo de vida, uma mais visível e outra maioritariamente invisível, constituída por organismos (macro e micro) que asseguram a sua funcionalidade: decomposição da matéria orgânica, regulação da composição da atmosfera, sequestro de carbono, reservatório de biodiversidade. Mostrar a rede de ligações que se estabelecem entre microrganismos e plantas é dar a conhecer o solo como ecossistema. É ajudar a divulgar a importância dos microrganismos como seres invisíveis no estabelecimento de relações simbióticas que permitem a resistência a a doenças e inimigos naturais.

No âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Solos o Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) e a Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) promovem o lançamento do livro “Histórias num admirável … Mundo invisível” da autoria de Maria Amélia Martins-Loução, investigadora do grupo “Plant-Soil Ecology”.

 

Programa

18:00 - O papel do cE3c como instituição científica e de divulgação do conhecimento - Cristina Máguas, coordenadora do cE3c e Vice-presidente da SPECO.

18:05 - A história por detrás do mundo invisível - Maria Amélia Martins-Loução, investigadora do cE3c e Presidente da SPECO.

18:15 - A ilustração do desconhecido - Sandra Serra, ilustradora.

18:25 - Os microrganismos para lá dos conhecidos dos media - José Matos, Bastonário da Ordem dos Biólogos (OBio).

18:30 - O solo, o ecossistema complexo - Carlos Alexandre, presidente da Sociedade Portuguesa da Ciência do Solo (SPCS).

18:35 - A união faz a força - Leitura de textos por Catarina Loução, Inês Maria Loução e Vicente Gomes.

18:40 - As redes funcionais que se estabelecem no continuum solo-planta - Cristina Cruz, investigadora do cE3c.

18:50 - Os microrganismos no ensino - Margarida Zoccoli, professora no Centro de Educação e Desenvolvimento Pina Manique. Casa Pia de Lisboa.

18:55 - A importância da divulgação científica nos centros de Ciência Viva - Rosalia Vargas, Directora da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica – Ciência Viva.

19:00 - Encerramento da sessão - Cristina Máguas, coordenadora do cE3c.

Junte-se a esta sessão via Zoom : AQUI

ID da reunião: 862 6322 1724
Senha de acesso: 580243